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70 anos da prisão de Rosa Parks: o símbolo e o cenário internacional para as mulheres 

70 anos da prisão de Rosa Parks: o símbolo e o cenário internacional para as mulheres 

Por Izabelli Goes e Sarah Oliveira

 A dinâmica internacional acostumou-se com a limitação à figura masculina, desconsiderando, intencionalmente, a importância da participação feminina. Essa omissão deliberada estendeu-se por diversas áreas, descredibilizando atos e posicionamentos de mulheres ao redor do mundo. Por sua vez, a inferiorização da narrativa feminina na diplomacia e na política não apenas sistematizou a inviabilização de temáticas, como também privou a sociedade global de resoluções mais humanas e célebres. 

Rosa Parks: um legado de resistência 

Rosa Parks (1913-2005) foi um símbolo da luta por igualdade racial nos Estados Unidos. Moradora da região metropolitana de Montgomery, capital do Alabama, Rosa viveu em um país assolado pela segregação extrema, realidade na qual a população negra era subalternizada sistematicamente. 

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Fotografia de Rosa Parks (1955). Fonte: Wikimedia Commons

Sendo uma assídua defensora da paridade racial, Parks integrou a “Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor” (NAACP), organização fundada em 1905 com o objetivo de combater o racismo. Ao lado de seu marido, Raymond Parks, Rosa ministrou reuniões da NAACP, além de arrecadar fundos para a comunidade.

Apesar de sua inegável colaboração na busca por justiça e equidade, somente no ano de 1955 seu ativismo fez-se amplamente conhecido. Ao recusar a ordem de ceder seu assento no ônibus a um passageiro branco – contrariando, portanto, a excludente legislação -, Rosa se opôs à discriminação, demonstrando que o regime segregacionista não seria mais aceito. 

Na época, Parks liderava a divisão juvenil da NAACP e delegava o caso do linchamento de um jovem afro-americano de 14 anos. O fracasso no julgamento de seus assassinos e a impunidade diante de um crime desumano, motivaram a militante a assumir sua posição histórica. 

Em sua autobiografia, “Rosa Parks: My Story (1992)”, ela declara que sua contestação foi um ato intencional: “Eu não estava fisicamente cansada, nem mais cansada do que normalmente ficava ao final de um dia de trabalho. Eu não era velha, embora algumas pessoas me vissem como tal. Eu tinha 42 anos, e meu único cansaço estava em desistir”. 

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Rosa Parks sentada na frente de um ônibus em Montgomery (1956). Fonte: Arquivo Bettmann/Getty Images 

Por sua recusa, Parks foi presa e considerada culpada de conduta desordeira. Seu encarceramento desencadeou um boicote aos ônibus da cidade, liderado por Martin Luther King Jr. Seu caso estagnou no sistema judiciário do Alabama, assim permanecendo mesmo após a inconstitucionalização da divisão de assentos entre negros e brancos, em 1956. 

Além da prisão, Rosa perdeu seu emprego e sofreu constantes ameaças, sendo obrigada a se mudar para Detroit com seu marido. Lá, tornou-se apoiadora do movimento Black Power e foi secretária do congressista John Conyers até sua aposentadoria, em 1988. 

Ao longo de sua vida, Parks recebeu muitas honrarias, incluindo a Medalha Spingarn da NAACP em 1979, a Medalha Presidencial da Liberdade em 1996 e a Medalha de Ouro do Congresso em 1999. Após sua morte,  aos 92 anos, tornou-se a primeira mulher a ser homenageada na Rotunda do Capitólio em Washington, DC. Estados como Califórnia, Missouri, Ohio e Oregon comemoram o “Dia de Rosa Parks” todos os anos, e rodovias no Missouri, Michigan e Pensilvânia levam seu nome. 

Trajetoria feminina na participação da política internacional

Pensar num cenário em que as mulheres não atuem nos mais diversos segmentos da sociedade é hoje, impossível. Isso, no entanto, nem sempre foi uma realidade. Através do tempo e ao longo de diversas narrativas históricas, as mulheres sempre ocuparam um lugar secundário ou inexistiam, ocupando apenas o papel de esposa e subserviência ao homem. A participação feminina na política, por exemplo, advém de uma longa trajetória de lutas e reivindicações por direitos. Desde o século XVIII até a atualidade, essa conquista de espaço na política é representativa de avanços cruciais a fim da equidade de gênero e para o fortalecimento da democracia. Ainda assim, o caminho para o êxito é longo. 

Pode-se analisar em primeiro plano o ideal de “todos são iguais perante a lei”, o qual levou-se anos para ser considerado. Era ,inicialmente, restrita à esfera política e excluía, além de muitos homens, as mulheres como um todo. Essa restrição, em pleno século XVIII, limitava o conceito de cidadania e o seu alcance. 

Uma discussão acerca disso teve início somente na Revolução Francesa, em 1789, onde a participação feminina começou a ser discutida por pensamentos de que os governos deveriam respeitar a vontade de todos os seus cidadãos. Porém, em agosto desse mesmo ano, surge em meio ao movimento revolucionário, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Apesar de suas definições virem sobre o lema de que todos nascem livres e tinham direitos iguais, o documento excluía distintivamente as mulheres da conquista dos direitos e deveres resultantes da Revolução. 

Com a consciência destes eventos e com o questionamento dessa não extensão dos direitos a elas, algumas mulheres como Olympe de Gouges foram notáveis críticas dessa declaração francesa, publicando logo após o primeiro documento, a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã.

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Fonte: Declaração dos direitos da mulher e da cidadã – 1791 – Olympe de Gouges. Fonte: Revista Pittacos

O contexto histórico francês foi imprescindível para que esses questionamentos fossem disseminados ao redor do mundo, como no Brasil. Internacionalmente, como pioneira ocupa a Nova Zelândia, em 1893, seguida por outros países como a Austrália e alguns estados dos EUA. A Finlândia ocupa esse lugar na Europa, com consentimento do voto feminino em 1906. 

Uma primeira tentativa de ampliação da participação feminina surge no território brasileiro em 1827, com escolas aceitando matrículas de meninas. Porém, foi apenas em 1879, que o acesso às universidades foi alcançado, com muita luta dos defensores de votos universais. 

Em 1919 ainda nessa busca , um grupo de mulheres composto por Bertha Lutz, Jerônima Mesquita, Maria Eugênia Celso, Mirtes Campos, Maria Lacerda de Moura, Carmem Portinho e Stella Duval foi responsável pela fundação da Liga para Emancipação Intelectual da Mulher no Rio de Janeiro, o que posteriormente evoluiu para se tornar a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino ( FBPF) em 1922. Vale ressaltar, porém, que o sufrágio universal só foi conquistado no Brasil após 1930, durante o governo de Getúlio Vargas. Globalmente foi apenas em 1955 ,na Conferência de Pequim que o lugar da mulher foi reconhecido social e culturalmente construído, com a pluralidade do feminismo. 

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Integrantes da Federação Brasileira para o Progresso Feminino – FBPF em visita à Associação Brasileira de Imprensa. Fonte: Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.  

Esses marcos ao redor do mundo representaram uma transformação social inegável, que de tal forma permitiu que as mulheres passassem a influenciar diretamente as decisões políticas dos  países. A conquista do sufrágio, porém, não significou, de imediato, uma ampla representatividade feminina em cargos públicos. São anos de luta marcados por protestos, projetos, prisões e mobilizações contínuas para garantir sua maior inclusão política. 

No dia 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher nasceu de mobilizações femininas por melhores condições de trabalho e direitos políticos e remete à greve de operárias têxteis de Nova York, em 1908. Este dia se consolidou ao longo do tempo como um momento de pensar-se sobre a desigualdade de gênero, incentivando a participação feminina nessas diversas esferas da sociedade, inclusive a política. Continua sendo um grande símbolo que demonstra a importância da presença de mulheres em cargos de poder, como também, demonstra a necessidade de políticas públicas voltadas à igualdade de gênero. 

A história cumpre o papel de demonstrar que a participação feminina é capaz de transformar governos e de fortalecer a cidadania, fato que torna a luta por espaço na política não apenas uma questão representativa, mas um comprometimento com a democracia e assim uma sociedade mais justa e igualitária. Embora avanços tenham ocorrido e hoje pode-se enxergar uma maior presença, a sub-representação nos parlamentos e governos ainda é uma realidade global. São motivos como barreiras culturais, desigualdade de oportunidades e resistência dentro dos partidos que dificultam o acesso aos espaços de poder. Por isso, salienta-se que a insistência dessa participação é crucial para que a ampliação das diversidades de políticas públicas sejam vistos. Para que temas como igualdade salarial, combate a violência de gênero e licença maternidade sejam debatidos com maior profundidade a manutenção de reformas que garantam equidade na disputa política necessita de um apoio contínuo.

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A mobilização política de mulheres trabalhadoras contra a desigualdade de gênero, no âmbito profissional, foi uma das grandes influências para o 8 de março. Fonte: Brasil Escola

Panorama da representatividade

A sub- representação feminina está presente na realidade, seja ao olhar os eleitores como os candidatos a cargos eletivos. É um cenário que se perpetua mesmo que os direitos de participação igualitária na governança democrática estejam expressos em direitos humanos internacionais e locais e refletem consequências do machismo estrutural, bem como de barreiras culturais e comportamentais. 

Através do mapa “Mulheres na política”, divulgado pela ONU em 2020, somente 6,6% dos chefes de Estado de todo mundo eram mulheres e 6,2% de todos os chefes de governo eram mulheres. Esses dados refletem as barreiras de participação do sistema eleitoral, que é um ambiente de domínio masculino que resulta na marginalização feminina. São os constrangimentos estruturais também que cerceam essa resistência de inclusão, além das dificuldades práticas como falta de acesso aos documentos de identidade em determinados países , ou a alta incidência de violência, impedindo mulheres de votarem e de registrarem suas candidaturas. Ao contrário dos homens, as mulheres geralmente não possuem os recursos necessários para financiar sua participação. Soma-se a problemática, barreiras culturais e comportamentais. Os papéis sociais impostos à figura mulher que a mantém como responsável pelo trabalho doméstico e cuidado da criança também reforçam a desigualdade através da violência baseada no gênero.Ao redor do globo e culturalmente, são mais comuns as contribuições feitas por mulheres a serem desvalorizadas, sendo elas importantes para que façam parte da tomada de decisões e na definição da orientação política. 

Diante desse contexto e em colaboração com equipes de âmbito nacional da ONU, surge o trabalho da ONU Mulheres que visam essa inserção e sustentam reformas legislativas e constitucionais a fim do acesso equitativo das mulheres. No Brasil tem enorme importância ao garantir a diversidade e o fortalecimento dos movimentos de mulheres e feministas: negras, indígenas, ciganas, rurais e jovens. 

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Ato feminista. Fonte: ONU Mulheres

É o programa “Women ‘s Leadership and Political Participation” desde 2011 e esta implementado em mais de 100 que impacta positivamente diversas nações ao redor do globo. 

Na África, por exemplo, a parceria entre a ONU Mulheres e o Departamento de Assunto de Gênero no Quênia vem aumentando essa representação. Um salto de 9,8% para 19% ocorreu entre 2007 e 2013 na região e vem colaborando para que as próprias mulheres tenham uma compreensão mais clara das desigualdades que atravessam a sua realidade, incluindo crianças e adolescentes neste processo.

Outro país com número notáveis trata-se de Ruanda, que por conta de leis de cotas de gênero tornou possível que 61% da Câmara dos Deputados fosse feminina e que elas ocupassem também 50% das cadeiras ministeriais, 38% dos assentos no Senado e 43,5% dos assentos dos conselheiros do governo.

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Rebecca Chepkateke responsabiliza as autoridades em Uganda. Foto: NAWOU/Fionah Barbra

Pensar nessas porcentagens varia em cada região do mundo, no entanto. Os países nórdicos contém 43,9% de mulheres parlamentares, nas Américas 31,1%, na Europa 28,7%, na Ásia 20,5%, África subsaariana 24,1% e no Pacífico 16,6%.Tornam-se importantes pois é através da eleição que leis são executadas pensando na qualidade de vida dos cidadãos de um país. Qualquer sub- representação irá comprometer a sua proteção e promoção de seus interesses. Portanto, para as Relações Internacionais, este debate sobre gênero e sua igualdade faz- se importante conforme os Estados estão colocados para refletir sobre mudanças de práticas culturais e legais a fim de erradicar essa desigualdade. 

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Editar Ochieng, um sobrevivente mudando a narrativa sobre a violência sexual no Quênia. Fonte: Editar Ochieng

Um obstáculo persistente: mulheres e a luta por espaço na dinâmica global

A participação feminina tem conduzido ações globais e nacionais em matéria de igualdade de gênero. Nesse panorama, o futuro parece caminhar, ainda que lentamente, rumo à equidade. No entanto, avanços sutis não são suficientes para superar a disparidade histórica. A restrição das mulheres à esfera privada — isto é, à invisibilidade do trabalho doméstico e materno — consolidou um cenário internacional marcado pela predominância masculina. Os resquícios desse abismo tornam-se mais evidentes em análises sobre representatividade, participação política e inserção econômica.

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Parlamentares em reunião da ONU. Fonte: Revista Galileu

Dados da ONU Mulheres revelam que apenas 1 em cada 4 cadeiras parlamentares é ocupada por mulheres. O relatório “Progresso nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: O Panorama de Gênero 2024” expõe que nenhum dos indicadores do ODS 5 (igualdade de gênero) está sendo alcançado. No ritmo atual, a paridade na representação política permanece distante, com projeções indicando sua possível concretização apenas em 2063.

No campo econômico, a subutilização do potencial feminino gera perdas significativas. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma redistribuição equitativa do trabalho doméstico poderia elevar o PIB global em US$ 28 trilhões até 2025. Esses dados reforçam a urgência de políticas que não apenas reconheçam as desigualdades, mas as transformem em oportunidades para o desenvolvimento coletivo.

Mediante tal cenário, a trajetória atual não inspira otimismo, mas sim urgência. Se, por um lado, discursos sobre empoderamento feminino ganham espaço retórico em conferências e declarações internacionais, a materialização dessas promessas segue glacial. Projeções escancaram uma realidade incômoda: o sistema global ainda opera sob lógicas patriarcais que naturalizam a lentidão da mudança e a exclusão. 

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Lançamento do relatório global da ONU Mulheres ( 2024). Fonte: ONU Mulheres/Ryan Brown

Nomes de destaque 

Maria José de Castro

Maria José de Castro Rebello Mendes (1891-1936) foi a primeira mulher a ingressar no serviço diplomático brasileiro. Frequentou a Escola de Comércio, estudando datilografia, contabilidade e economia e estudou sozinha matérias de direito. Era fluente em alemão, inglês, francês e italiano. Sua inscrição no concurso da carreira diplomática foi contestada e, mesmo após aprovada, não foi nomeada para cargos sem estar acompanhada do marido, também diplomata. Maria José foi empossada como a primeira mulher diplomata no Brasil pela então Secretaria de Estado das Relações Exteriores em 1918.

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Maria José, 1º diplomata e servidora aprovada em concurso público no Brasil. Fonte: Mulheres Diplomatas.org

Lélia Gonzalez

Lélia Gonzalez (1935-1994) foi uma intelectual, filósofa, antropóloga, política e professora brasileira, militante do movimento negro brasileiro. Dentre suas importantes contribuições para as RI, destacam-se os ensaios Por um Feminismo Afro-latino-Americano (1988) e A categoria político-cultural de amefricanidade (1988). Lélia palestrou em eventos acadêmicos e conferências internacionais, dentre eles seu discurso “Racism and its Effects in Brazilian Society no Women’s Conference on Human Rights and Mission” – “Racismo e seus Efeitos na Sociedade Brasileira na Conferência de Mulheres sobre Direitos Humanos e Missão”- (1979), em Genebra.

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Lélia González (1935-1994). Fonte: UOL

Bertha Lutz 

Tornou-se uma figura protagonista na luta pelos direitos políticos das mulheres no Brasil, Lutz foi central também na conquista do direito ao voto feminino, instituído em 1932 no país. Nascida em 1884 em São Paulo, formou-se em Sorbonne (França) como bióloga e trabalhou no Museu Nacional. Fez parte da Liga para Emancipação Intelectual da Mulher e mais tarde tornou-se membro também na transformada Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. 

Foi representante das brasileiras em eventos internacionais e em 1936 assumiu como deputada federal defensora de igualdade salarial entre gêneros, licença maternidade de três meses e redução da jornada. Partiu em 1976 no Rio de Janeiro. Seu legado permaneceu forte no entanto e em 2001 o Senado criou o Diploma Bertha Lutz, concedido a pessoas destaques na defesa dos direitos das mulheres e nas questões de gênero. 

Sua relevância para a história do Brasil vai além de suas realizações políticas e científicas. É símbolo de resistência e progresso em um período em que mulheres enfrentam barreiras estruturais para ter acesso aos direitos mais básicos. Até hoje inspira gerações de mulheres na luta pela igualdade e justiça, sendo capaz de demonstrar que a transformação social é possível através da educação, da ciência e da mobilização política. 

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Fonte: Brasil Escola

Marielle Franco 

Foi vereadora da cidade do Rio de Janeiro pelo PSOL, eleita com a quinta maior votação do município, em 2016. Aos 39 anos, quando foi brutalmente assassinada, Marielle se apresentava como “mulher, negra, mãe e cria da favela da Maré”. 

Socióloga pela PUC-Rio e com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense. O seu trabalho transitava entre dois cenários: o da pobreza e marginalidade da comunidade e ao mesmo tempo o da elite intelectual universitária e do poder legislativo da Câmara de Vereadores. 

Franco foi responsável por denunciar problemas milicianos e era crítica das ações da Polícia Militar nas favelas cariocas. Tambem se definia como lésbica e feminista, sendo enorme defensors das mulheres e da comunidade LGBTQIAP+. 

Marielle inspirou leis estaduais contra violência de gênero, tornando-se símbolo na luta contra esse tipo de violência. O Dia 14 de Março, em sua memória, foi instituído como o Dia Nacional Marielle Franco de Enfrentamento da Violência Política de Gênero e Raça, reforçando a necessidade de reconhecimento e combate a violências no Legislativo e Judiciário.

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Marielle Franco representava uma luta contra o que podemos chamar de mal radical. Fonte: Foto/Reprodução

Referências

https://naacp.org/find-resources/history-explained/civil-rights-leaders/rosa-parks

https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/rosa-parks.htm

https://www.britannica.com/topic/National-Association-for-the-Advancement-of-Colored-People

https://ofator.com.br/opiniao/mulheres-e-desenvolvimento-a-perspectiva-de-genero-nas-politicas-economicas-um-manifesto-no-dia-internacional-das-mulheres-por-politicas-economicas-com-perspectiva-de-genero/

https://wp.ufpel.edu.br/pelotasmun/2024/03/19/uma-revolucao-mulheres-as-relacoes-internacionais/

https://www.brasildefato.com.br/2025/03/08/desafios-e-avancos-na-luta-das-mulheres-um-olhar-sobre-a-conjuntura-atual

https://www.onumulheres.org.br/noticias/panorama-de-genero-2024/

https://internacionalizese.blogspot.com/2013/04/a-mulher-nas-relacoes-internacionais-e.html

https://www.gov.br/mreen/pt-br/assuntos/paz-e-seguranca-internacionais/mulheres-paz-e-seguranca/as-mulheres-na-diplomacia-brasileira

https://esri.net.br/8-de-marco-mulheres-e-relacoes-internacionais/

https://brasilescola.uol.com.br/biografia/bertha-luz.htm

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/participacao-mulher-na-vida-politica.htm

https://www.cnnbrasil.com.br/politica/relembre-quem-foi-marielle-franco-morta-em-2018-em-crime-ainda-sem-resolucao

https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/bertha-lutz

https://www.onumulheres.org.br/areas-tematicas/lideranca-e-participacao/

https://news.un.org/pt/story/2024/03/1828712

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https://diplomatique.org.br/mulheres-e-participacao-politica-internacional

https://fundacaorepublicana.org.br/as-primeiras-mulheres-na-politica/

https://inw.org.br/uma-perspectiva-sobre-a-luta-feminina-e-a-conquista-do-direito-ao-voto-no-brasil-inw/?gad_source=1&gad_campaignid=21554577062&gbraid=0AAAAA9d0x7Q9dDAdgN-7m6azBRvpjtgax&gclid=EAIaIQobChMIxMGcjK_sjQMVAVVIAB0-kDwYEAAYASAAEgI9A_D_BwE

https://www.al.ce.gov.br/noticias/45722-conquistas-e-desafios-da-participacao-da-mulher-na-politica

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