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Conflito entre China e Taiwan – Edição #06 Newsletter Globalidades

Conflito entre China e Taiwan – Edição #06 Newsletter Globalidades

O LAI Bertha Lutz preparou uma newsletter para você se manter informado sobre os principais temas que podem cair em seu vestibular. A cada mês enviaremos um e-mail com as principais notícias do período, um aprofundamento de um macrotema que pode aparecer em questões e temas de redação, e, para finalizar, algumas questões de prova resolvidas para te ajudar a estudar! O tema desta edição será sobre o conflito entre China e Taiwan,  muito importante para entender o cenário geopolítico atual. Se cadastre aqui para receber, clique aqui para ler nossas edições anteriores.

Notícias do mês de outubro

Primeira cúpula do Brics com os novos integrantes

image Conflito entre China e Taiwan – Edição #06 Newsletter Globalidades

A primeira cúpula do Brics com os novos integrantes terminou no dia 24 após 3 dias de negociações, em Kazan (Rússia). Para muitos analistas, a predominância da agenda negociada foi da Rússia e China no bloco e seu viés antiocidental. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participaria da cúpula de forma presencial, fez seus discursos de maneira virtual em razão do acidente doméstico que sofreu. O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) que chefiou a delegação brasileira em Kazan.

Os chefes de Estado também discutiram e aprovaram a criação de uma nova categoria de parceiros do grupo. Eles não serão integrantes plenos, mas poderão desfrutar de muitos dos benefícios fornecidos pelos Brics. A partir de janeiro do ano que vem, o Brasil presidirá o Brics e pautará temas como combate à fome e desenvolvimento sustentável.

Embora a guerra na Ucrânianão fizesse parte da linha central de pautas da reunião, os líderes do bloco expressaram,de maneira indireta, preocupações com a falta de perspectivas para o fim dos combates. Ao mesmo tempo, eles não pouparam críticas a Israel sobre as guerras em Gaza e no Líbano.

Coréia do Norte envia tropas à Rússia para ajuda na guerra contra Ucrânia

image-1-1024x683 Conflito entre China e Taiwan – Edição #06 Newsletter Globalidades

Governos da Ucrânia, Coreia do Sul e EUA afirmam que a Coreia do Norte enviou ao menos 10 mil soldados para a Rússia. Alguns relatos falam em até 12 mil homens. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que não descarta usar essas tropas. “É nossa decisão soberana”, disse. As tropas foram inicialmente enviadas ao leste da Rússia para treinamento. Alguns veículos de imprensa relatam que os soldados usam uniforme russo e estão aprendendo comandos militares na língua estrangeira.

Os chefes de defesa dos Estados Unidos já se posicionou sobre o caso. “Peço que retirem suas tropas da Rússia”, disse o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, no Pentágono, onde estava acompanhado do colega sul-coreano, Kim Yong-hyun, que solicitou a retirada imediata das forças de Pyongyang.

Líder do Hamas é morto após ataque de Israel

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O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto por forças de defesa israelenses no dia 17. A informação foi dada pelas Forças de Defesa de Israel. Sinwar foi morto por tanque, que disparou contra o prédio em que ele estava, segundo a rádio oficial do Exército israelense.  No momento do disparo, ele estava com outros dois membros do Hamas em Tal as Sultan, perto de Rafah, no sul do enclave. Segundo as Forças de Defesa de Israel, soldados mataram três homens armados e só desconfiaram da identidade do líder do Hamas após o assassinato.

A perda de Yahya Sinwar é um golpe sísmico para o Hamas, diz o correspondente de segurança da BBC Frank Gardner.  Para Frank, o grupo terá que decidir se agora é o momento de fazer um acordo que encerre a operação militar israelense de um ano que devastou a Faixa de Gaza. Ou, inversamente, se deve continuar lutando e resistindo, esperando sobreviver à paciência de Israel, apesar do terrível número de mortos que este conflito causou a civis palestinos.

Furacão Milton atinge a Flórida e gera estragos

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O furacão Milton tocou o solo da Flórida na noite do dia 09 de outubro, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). O fenômeno chegou no estado na categoria 3, com ventos de até 205 km/h. Foi perdendo força e, na madrugada do dia 10, enfraqueceu para a categoria 1, com ventos de 145 km/h, e já deixava a região de Tampa rumo a Orlando. O número de mortes chegou aos 17.  O governador da Flórida, Ron DeSantis, disse que pelo menos 125 casas — muitas delas pré-fabricadas — foram destruídas por conta do Milton.

O furacão exigiu a maior evacuação no estado nos últimos oito anos — desde o furacão Irma, em 2017 — e fechou todos os portos desde terça-feira. Autoridades da Flórida emitiram ordens de evacuação obrigatória para moradores de 11 condados ao redor da Baía de Tampa.

As águas anormalmente quentes no Golfo do México este ano alimentaram o rápido crescimento de Milton. As temperaturas da superfície atingiram recordes de cerca de 32°C durante os últimos dois verões.

Discurso do Lula na 79ª Assembleia Geral da ONU

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No dia 24 de setembro de 2024, o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva subiu à tribuna da Assembleia Geral da ONU para abrir a 79ª sessão. Conforme costume do governante, foram abordadas questões de disparidades sociais e os problemas centrais no cenário contemporâneo, além dos compromissos tradicionais. Seu discurso evocou uma crítica velada às estruturas globais de poder que perpetuam a desigualdade e o imperialismo econômico. Lula, ciente das forças neocoloniais que moldam o cenário mundial, abordou questões como a emergência climática, a fome, a desigualdade social e capítulos de guerras, ao mesmo tempo que desafiou a hipocrisia das potências ocidentais e seu controle sobre as instituições multilaterais. Para ler mais, confira: https://laibl.com.br/discurso-do-lula-na-79a-assembleia-geral-da-onu/

Conflitos internacionais em 2024: China e Taiwan💣

Resumo Histórico

A milenar China Imperial acabou em fins de 1911, e no primeiro dia de janeiro de 1912 foi proclamada a República da China, encerrando 2 mil anos de história imperial. Não durou muito para que a jovem e fragmentada república mergulhasse na guerra civil, que opôs os nacionalistas conservadores do partido Kuomintang (KMT) e os comunistas do Exército Vermelho liderados por Mao Tsé-Tung, que desejavam a reconfiguração do sistema político e econômico do país.

O conflito cessou por conta da invasão japonesa ao país durante a Segunda Guerra. Mas, com a derrota da Alemanha no Ocidente, o controle do Japão sobre regiões do pacífico começou a declinar. O Japão que dominava áreas da China continental e também as de fora, como a ilha de Taiwan, foi forçado a desocupar as porções territoriais chinesas. Logo os conflitos internos voltaram, e o grupo comunista, contando com o apoio da gigantesca massa de camponeses chineses e com o auxílio da União Soviética, venceu o grupo opositor nacionalista, iniciando uma revolução. Em outubro de 1949, a capital Pequim foi tomada, e anunciou-se então o início de um governo comunista, que renomeou a nação para República Popular da China.

A ilha de Taiwan, também chamada de “Ilha de Formosa”, na época parte da China, surge então como um refúgio para onde foram os opositores do governo, que perderam a guerra, como por exemplo Chiang Kai-Shek, o líder do governo antes da revolução. A ilha se separou então da China continental, passando a se chamar de República da China, e a reivindicar o título de “verdadeira China”. Apesar da intenção da liderança comunista de unificar a China retomando a ilha, alguns fatotes impediram uma imediata invasão, dentre eles, principalmente a proteção dos Estados Unidos com apoio militar direto.

Em Taiwan, os nacionalistas governaram com mão de ferro para manter a unidade e a prontidão em caso de ataque. No entanto, nos anos 80, a ilha passou por um processo de democratização que deu fim a lei marcial e trouxe as primeiras eleições livres na ilha em 1992. Com isso a democracia se tornou um símbolo de identidade para os taiwaneses, que os diferenciam do seus irmãos da China continental.

O Consenso de 1992

Em 1992 ocorreu uma rodada de negociações em Hong Kong (ainda sob domínio britânico) entre representantes do PCC e do KTM. Os dois lados concordaram que só existe uma China, ainda que discordem sobre o que isso significa. Foi só a partir de 2000 que esse acerto passou a ser chamado de Consenso de 1992.

Esse consenso nunca foi formulado oficialmente por representantes dos dois governos, muito menos ratificado, assim não existe uma formulação oficial. Entende-se que ambos os lados reconhecem a existência de apenas uma China, mas têm diferentes interpretações de como seria essa única China.

Para o Partido Comunista Chinês, o princípio “Uma só China” tem uma mensagem e objetivo claros: Taiwan deve ser reintegrado ao continente sob a liderança de Pequim. Para Taiwan, o princípio significa “Uma China, diferentes interpretações”, e a República da China (Taiwan) é a única China.

Situação Atual

Com a ascensão da China como uma potência econômica internacional, as reinvindicações sobre a posse de Taiwan aumentaram. Atualmente a ilha é considerada pelo governo chinês como uma província rebelde que deve ser reunificada, se necessário, pela força. Nesse sentido, a pressão sobre a ilha aumentou significativamente nos últimos anos com exercícios militares, testes de armas e envio de navios ao redor da ilha, além da China patrocinando uma campanha diplomática para acabar com o pouco reconhecimento internacional da ilha. Essa posição mais dura se justifica pelo fato de que a China quer se afirmar como uma superpotência mundial com capacidade de influenciar os rumos do planeta. Dessa forma, a incapacidade de controlar um território que julga possuir dentro do seu ‘quintal estratégico’ é uma demonstração de fraqueza geopolítica que enfraquece sua aspiração mundial.

No propósito de tentar uma reunificação negociada, a China propôs a aplicação em Taiwan da mesma condição especial de Hong Kong de “um país, dois sistemas”, dando certa autonomia e permitindo um governo democrático no território. Contudo, essa possibilidade é rejeitada pela população de Taiwan, a qual deseja, em sua maioria, manter o status-quo da ilha, ou seja, nem se unificar e nem declarar independência formal. Essa rejeição se agravou recentemente pela repressão da China contra Hong Kong que extinguiu grandes partes das liberdades e direitos civis daquele território.

As relações China-Taiwan pioraram nos anos 2000 com a eleição em Taiwan do Partido Democrático Progressista (PDP), de centro-esquerda e opositor político do Kuomintang, defendendo uma identidade taiwanesa pautada na democracia e, nesse sentido, se colocando contra o princípio de “Uma só China” e a favor da independência formal de Taiwan. Nos próximos anos o PDP e o KTM se revezaram do poder, com o KMT tendo uma posição de aproximação da China e a manutenção do consenso de 1992. Em 2024, as tensões entre os dois países aumentaram com as eleições em Taiwan que deram a vitória para Lai Ching-te do PDP, quem a China considera como um perigoso separatista. A derrota do KMT foi uma demonstração da oposição dos taiwaneses a conversas com a China sobre uma unificação, o que enfureceu a China que chamou essa eleição de uma escolha entre a paz e a guerra.

A possibilidade de uma guerra é real, entretanto, não se concretizou ainda pela dissuasão dos Estados Unidos, com o presidente Joe Biden declarando que em caso de invasão, o seu país defenderia Taiwan. Contudo, o contexto mundial com a Guerra na Ucrânia pode motivar a China a fazer o mesmo. Portanto, esse conflito é principal palco da disputa entre Estados Unidos e China no mundo.

Relações Internacionais de Taiwan

Devido a política de “uma só China”, Taiwan enfrenta dificuldades para estabelecer relações com outros países, já que muitos reconhecem somente a República Popular da China (RPC), que acusa países que estabelecem relações com ilha de estarem se envolvendo em assuntos internos da China.

Após a República de Nauru reconhecer Pequim ao invés de Taiwan em janeiro de 2024, a autonomia da ilha passou a ser reconhecida por apenas 12 Estados. Apesar disso, Taiwan construiu parcerias estratégicas com muitos países.

Quanto à representação em organizações internacionais, a RPC procura isolar a ilha, que tem participação limitada na maioria dessas organizações. Para exemplificar, Taiwan não participa da Organização Mundial da Saúde. Por outro lado, é membro da Organização Mundial do Comércio. A dupla-representação nas Nações Unidas foi cogitada, porém negada pelas duas partes que se consideravam, cada uma, a “única China”. Assim, em 1971, a ONU deixa de reconhecer o governo da Ilha de Formosa e passa a reconhecer a autoridade de Pequim. Desse modo, o assento chinês na ONU, em especial no conselho de segurança, passa para RCP.

Mesmo com pressão chinesa para isolamento da ilha, Taiwan procura fortalecer relações com parceiros ocidentais importantes. Um desses caso é a relação com os Estados Unidos da América.

Após a Guerra Civil Chinesa, os Estados Unidos reconheciam Taiwan como a “verdadeira China”. Porém, a partir de 1979, isso mudou: os EUA rompem com Taiwan e passam a reconhecer a RPC como a China legítima em uma tentativa de se aproximar desse país no contexto da Guerra Fria.

No entanto, os EUA mantêm boas relações com Taiwan, criando uma postura ambígua em relação à ilha, pois ao mesmo tempo que reconhece a China continental como a verdadeira China, mantêm relações informais proxímas com Taiwan e apoio militar. Um exemplo disso é o Taiwan-relations-Act, que autoriza a venda de sistemas de armamento modernos pelos EUA à ilha e exige do governo americano a manutenção da paz em Taiwan e seu entorno. Ou seja, é uma determinação implícita de que os norte-americanos ajudariam Taiwan caso a RPC resolvesse atacá-la.

Além disso, há um escritório comercial estadunidense em Taiwan que atua como uma embaixada, há boas relações comerciais entre os dois e os EUA apoiam a participação de Taiwan em organizações internacionais.

Apesar de isolada diplomaticamente, Taiwan está bem presente no comércio e na economia internacional, com uma industria de tecnologia de ponta que a torna um importante parceiro comercial. Desse forma muitas nações mantêm representações comerciais na ilha que acabam informalmente servindo como uma embaixada. Além disso, Taiwan faz parte dos Tigres Asiáticos (junto de Hong Kong, Cingapura e Coreia do Sul), um bloco econômico de territórios com rápido crescimento da economia desde a Segunda Guerra Mundial.

Questões de vestibulares

(FUVEST)

“A China enviou ontem navios de guerra e dezenas de caças para Taiwan, em retaliação a uma reunião entre a presidente da ilha, Tsai Ing-Wen, e o presidente da Câmara dos Deputados do EUA, Kevin McCarty, na Califórnia”.O Estado de São Paulo, 08/04/2023. Adaptado.

A reportagem faz alusão ao aumento das tensões geopolíticas entre China e Taiwan. Sobre esse tema, é correto afirmar:
A) As tensões iniciaram-se no final de década de 1970, em decorrência das mudanças políticas e econômicas perpetradas pelo então presidente chinês Deng Xiaoping, que resultaram na declaração de independência de Taiwan em relação à China.
B) As tensões decorreram do aumento da influência russa sobre o território taiwanês, com foco na exploração do potencial mercado consumidor, considerado estratégico para o aumento das exportações do gás natural russo.
C) As tensões decorreram do aumento da influência russa sobre o território taiwanês, com foco na exploração do potencial mercado consumidor, considerado estratégico para o aumento das exportações do gás natural russo.
D) Com apoio soviético, Taiwan conseguiu a independência do território chinês no final da década de 1960. Após o fim da Guerra Fria, tornou-se uma potência tecnológica, o que ampliou o interesse geopolítico chinês na retomada desse território.
E) Taiwan é reconhecido como país independente pelos EUA e tem emergido na rota dos conflitos entre os governos estadunidense e chinês, o que pode ser interpretado como indício do deslocamento do eixo geopolítico do mundo para o sudeste asiático.

Resolução:
A) Incorreta.  As tensões entre as duas nações se iniciam no pós 2ª Guerra Mundial, quando o Partido Nacionalista Chinês (Kuomitang), de Chian Kai Shek, passou a ser perseguido pelo governo de Mao Tsé Tung, na época recentemente estabelecido com a Revolução Socialista de 1949. É válido lembrar que a disputa entre o Kuomitang de Kai shek e o Partido Comunista Chinês de Mao Tsé Tung acontecia desde a década de 1920.  Ao fugir para a ilha chinesa denominada “Formosa”, Chiang Kai Shek passa a governar a ilha de forma autônoma, criando assim Taiwan. Portanto, é inválido dizer que as tensões se iniciaram no final de década de 1970, em decorrência das mudanças políticas e econômicas perpetradas pelo então presidente chinês Deng Xiaoping.

B) Correta.  De fato, as diferenças entre os partidos foram iniciadas ainda na primeira metade do século XX (1949), as tensões entre China e Taiwan aumentaram e a presença militar dos EUA no território taiwanês foi a base para a manutenção da autonomia em relação à China.

C) Incorreta.  Não é real dizer que as tensões decorreram do aumento da influência russa sobre o território taiwanês, uma vez que esta influência não aconteceu.

D) Incorreta. Foi com apoio americano que Taiwan conseguiu relativa autonomia do território chinês (a China considera Taiwan uma “ilha rebelde”) e não com apoio soviético.

E) Incorreta. Taiwan não é reconhecido como país independente pelos EUA, pois desde os anos 1970 os Estados Unidos reconhecem a China continental como única China; entretanto, apoiam diretamente a luta da ilha por estabelecer um governo próprio e democrático e esta postura opõe os governos estadunidense e chinês atualmente.

(IDECAN)

A China considera que Taiwan é parte de seu território desde 1945, e, desde 1949, Taiwan considera ser independente. No entanto, houve um período de estabilidade na relação, que foi interrompido nos últimos anos, após os chineses aumentarem a pressão militar e diplomática para afirmar que têm soberania da ilha, o que causa revolta em Taiwan e preocupação nos Estados Unidos. Além dos custos humanitários de uma eventual ação militar, há também na equação um custo econômico. O ataque a Taiwan causaria uma reação global, e a China sabe disso.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/12/29/o-que-vai-proteger-taiwan-da-china.ghtml

Taiwan é central à geopolítica econômica internacional, sua proteção está associada ao chamado

A) Círculo de Lítio, centro de produção de baterias de lítio que estão em todos os carros elétricos e aparelhos celulares.

B) Escudo de Silício, a indústria de chips semicondutores fundamental à cadeia global de produtos eletrônicos.

C) Cordão do Urânio, principal zona de processamento nuclear, imprescindível ao fornecimento de armas e energia.

D) Cinturão do aço, base de produção da matéria prima industrial de base das grandes potências, até mesmo a China.

E) Barreira da biodiversidade, maior ecossistema preservado do mundo e ponto inequívoco de equilíbrio do clima e da vida em escala global.

Resolução:

A) Incorreto. Embora o lítio seja um componente essencial para baterias de carros elétricos e dispositivos eletrônicos, Taiwan não é um centro de produção de lítio. A extração de lítio ocorre principalmente em países como Austrália, Chile, Argentina e Bolívia, conhecidos como o “triângulo do lítio.” Portanto, a importância de Taiwan na geopolítica não está relacionada à produção de lítio.

B) Correto. Taiwan é um dos maiores produtores de semicondutores do mundo, um componente essencial para a fabricação de quase todos os dispositivos eletrônicos, como celulares, computadores e automóveis. A empresa Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) é líder mundial na produção de chips avançados. A importância de Taiwan como um “Escudo de Silício” está diretamente relacionada à sua capacidade de produção e à posição central na cadeia de suprimentos global, tornando-a crucial para a economia global e para a geopolítica internacional.

C) Incorreto. Taiwan não é conhecida por ser uma zona de processamento de urânio ou pela produção de material nuclear. Embora a ilha tenha algumas usinas nucleares para produção de energia, ela não desempenha um papel central no processamento de urânio nem na produção de armas nucleares, tornando esta alternativa incorreta.

D) Incorreto. Taiwan não é conhecida como um dos maiores produtores de aço do mundo. Embora o aço seja uma commodity importante para qualquer nação industrializada, a China e outros países, como a Índia e o Japão, são maiores produtores dessa matéria-prima. A geopolítica de Taiwan não gira em torno da produção de aço, o que faz desta opção incorreta.

E) Incorreto. Taiwan, embora possua áreas naturais preservadas, não é reconhecida como um ecossistema fundamental em termos globais, nem é uma das maiores áreas de biodiversidade do mundo. A Amazônia e outras regiões tropicais têm esse papel de preservar a biodiversidade em uma escala global. Portanto, essa opção também está incorreta.

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Fundado por alunos de Relações Internacionais da USP, somos um grupo de extensão que tem como missão promover a pesquisa e a extensão universitária na área de Relações Internacionais.