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Conflitos Internacionais 2024: Israel e Palestina – Edição #05 Newsletter Globalidades

Conflitos Internacionais 2024: Israel e Palestina – Edição #05 Newsletter Globalidades

Bem-vindo(a) à nossa quinta edição da Newsletter!

O LAI Bertha Lutz preparou uma newsletter para você se manter informado sobre os principais temas que podem cair em seu vestibular. A cada mês enviaremos um e-mail com as principais notícias do período, um aprofundamento de um macrotema que pode aparecer em questões e temas de redação, e, para finalizar, algumas questões de prova resolvidas para te ajudar a estudar! O tema desta edição será sobre o conflito entre Israel e Palestina,  muito importante para entender o cenário geopolítico atual.

Notícias do mês de setembro

É dado início às discussões da Assembléia Geral da ONU (AGNU) em 2024

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Em setembro, iniciaram-se as discussões da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (AGNU) do ano de 2024. As discussões sobre as crises em Gaza e no Líbano têm gerado intensas disputas entre os membros. Em meio a um cenário de crescente tensão, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, reiterou seu apelo por um cessar-fogo imediato em Gaza, alertando sobre o impacto humanitário e a necessidade de proteger civis.

No mesmo período, houve, ainda, uma intensificação dos ataques entre Israel e o Hezbollah, com as trocas de barragens de artilharia sendo superadas por uma operação de assassinatos das lideranças do Hezbollah. O ápice dessa campanha israelense se deu no dia 28, com a morte de Hassan Nasrallah, líder histórico do Hezbollah, em um ataque aéreo israelense em Beirute, capital do Líbano.

Diante desse cenário de agravamento dos conflitos, Guterres expressou preocupação crescente, e vários países na ONU têm enfatizado a urgência de se buscar uma solução diplomática, enquanto as divergências entre as potências globais continuam a dificultar um consenso no Conselho de Segurança sobre medidas concretas para mitigar as crises paralelas no Oriente Médio.

Novas cotas para pessoas trans e travestis são aprovadas em universidades federais

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Em setembro de 2024, três novas universidades federais anunciaram adesão à política de ação afirmativa para pessoas trans e travestis, as “cotas trans e travestis” de ingresso a cursos de graduação e pós-graduação.

No último mês, Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), UFF (Universidade Federal Fluminense) e UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) comprometeram-se a reservar pelo menos 2% de suas vagas de processos seletivos a esses grupos a partir de 2025.

Com essa movimentação recente, o Brasil passa a dispor de um total de 17 instituições públicas de ensino superior que aderem formalmente às cotas trans e travestis – destas, apenas 4 são estaduais enquanto que as outras 13 são federais.

Crise no Sudão marca 500 dias de duração

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Com início que remonta a abril de 2023, a Crise no Sudão teve surgimento em meio a conflitos entre as Forças Armadas do Sudão (do inglês, SAF) e o grupo paramilitar denominado Forças de Suporte Rápido (também do inglês, RSF).

Nestes mais de 500 dias de confrontos, foram constatadas mais de 10,2 milhões de pessoas que passaram por processos de deslocamentos forçados segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Nesse expressivo montante, a agência da ONU constatou a existência de grupos categorizados como deslocados internos (em inglês, IDPs) e pessoas solicitantes de refúgio e asilo.

Das 10,2 milhões de pessoas forçosamente deslocadas, 7,9 milhões migraram entre regiões internas do Sudão e 2,1 milhões, fugiram rumo a países vizinhos. Chade é o país que, sozinho, recebeu a mais significativa parcela de pessoas vindas do Sudão: cerca de 630 mil. Outros Estados, como Egito, Sudão do Sul, Líbia, Uganda e Etiópia somam o recebimento de 850 mil pessoas.

Ainda segundo a ONU, enquanto uma devida resolução à crise não é alcançada, estima-se que mais algumas centenas de milhares de pessoas possam passar a estar em busca de assistência humanitária e refúgio nos próximos meses.

Filme “Ainda Estou Aqui” é escolhido para representar o Brasil na premiação do Oscar 2025

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No dia 23 de setembro, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais (ABCAA) anunciou ao público a sua decisão por indicar o filme nacional “Ainda Estou Aqui” à disputa pela estatueta do Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025.

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, a produção retrata a trajetória da família Paiva: Rubens, o pai, Eunice, a mãe, e seus cinco filhos. Após sofrerem um ato violento e arbitrário, suas vidas se transformam completamente. Eunice, então, se vê obrigada a se adaptar e construir um novo futuro para si e para seus filhos.

Do cineasta Walter Salles, diretor de diversas obras premiada, como “Central do brasil”, “Ainda Estou Aqui” conta com um prestigiado elenco, com nomes como: Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello.

A escolha feita pela ABCAA é respaldada pelo sucesso e reconhecimento internacionais já alcançados pelo filme: com destaque, está a obtenção do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza de 2024.

Conflito entre Israel e Hezbollah se agrava

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Entre as últimas semanas de setembro e as primeiras semanas de outubro, o mundo se encontrou mais uma vez em alerta mediante o risco de agravamento das tensões no Oriente Médio, a partir de uma escalada nos conflitos que envolvem o Estado de Israel. Recentemente, observou-se uma ampliação do confronto: ao final de setembro de 2024, Israel lançou uma incursão terrestre pela fronteira sul do Líbano (seu país vizinho ao norte).

Essa invasão à soberania de um outro Estado foi feita com a prerrogativa de se enfrentar diretamente o grupo extremista Hezbollah, que é sediado no Líbano e apoiado pela República Islâmica do Irã. Assim, dias após, o governo iraniano, como uma represália, lança um ataque à distância contra Israel, enviando cerca de 200 mísseis balísticos contra seu território.

Em suma, o conflito do Estado de Israel se estende hoje por 7 diferentes frontes de combate, são eles: 1. Irã; 2. Hamas (Gaza); 3. Hezbollah (Líbano); 4. governo e milícias sírias; 5. Houthis (Iêmen); 6. grupos xiitas no Iraque; e 7. diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Conflitos internacionais em 2024: Israel e Palestina 💣

Resumo Histórico

O conflito entre Israel e Palestina remonta ao confronto entre árabes e hebreus devido a diversos motivos, como território, soberania, identidade étnica e religião.

Destaca-se, portanto:

  • Disputa territorial: A disputa pelo território historicamente conhecido como Palestina, que inclui a Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Ambos os lados reivindicam direitos históricos e legais sobre essa terra, que é sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos.
  • Nacionalismo: Tanto israelenses quanto palestinos têm fortes sentimentos de nacionalismo e identidade étnica. Os israelenses veem seu Estado como um refúgio seguro para os judeus, considerando-se sua história de perseguição, tanto durante a Segunda Guerra Mundial, quanto na Antiguidade, enquanto os palestinos buscam um Estado independente e soberano para seu povo, o qual foi tomado sem o consentimento da população.
  • Questão religiosa:A região é de importância crucial para as três principais religiões monoteístas do mundo. Em específico, a Mesquita Al Aqsa/Al-Haram al-Sharif, o templo sagrado dos islâmicos, é também chamada de Har HaBayit, ou Templo do Monte, cujos Muros Ocidentais são considerados o sítio mais sagrado do judaísmo. Eles ficam apenas a alguns passos do Santo Sepulcro e o Monte das Oliveiras, reverenciados pelos cristãos. Pelo fato de todos esses locais citados estarem na cidade de Jerusalém, é nítida a dimensão do conflito.
  • Deslocamento de refugiados palestinos: A criação de Israel em 1948 resultou no deslocamento de centenas de milhares de palestinos de suas terras ancestrais. Esse evento, conhecido como a Nakba (catástrofe, em árabe), continua sendo um ponto de amargura para os palestinos e é uma questão central no embate.

Dentre os principais acontecimentos do confronto de séculos, os mais importantes são:

  • A criação do Estado de Israel em 1948 pela ONU, mesmo com a clara rejeição dos árabes palestinos pela divisão feita
  • A Primeira Guerra Árabe Israelense, em 1949, entre o recém Estado criado e uma série de nações árabes que não concordavam com a existência de Israel (Egito, Síria, Transjordânia, Iraque e palestinos). O resultado do conflito foi a conquista israelense de vários territórios palestinos, mesmo segundo a divisão da ONU, além do Nakba, que significa “tragédia” em árabe: a expulsão de aproximadamente 700 mil palestinos de suas terras, forçando-os a se refugiar em outros países. Israel nunca permitiu o retorno desses palestinos e seus descendentes, e estima-se que atualmente eles sejam em mais de cinco milhões de pessoas.
  • A Guerra de Suez, em 1956, iniciada pelo ataque israelense ao Egito para conquista do controle do Canal de Suez, tendo apoio francês e britânico. Entretanto, com pressão estadunidense, soviética, e da ONU, as tropas de Israel foram forçadas a se retirarem.
  • A Guerra dos Seis Dias, em 1967, inicia-se pelo sionismo israelense, no qual Israel ataca o Egito, a Síria e a Jordânia. O país criado pela ONU usa a justificativa de ser um forma de responder à formação de guerrilhas palestinas que lutavam contra os israelenses, como meio de impedir o projeto de união árabe promovido pelo presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser
  • A Guerra de Yom Kippur, iniciada em 1973, devido a insatisfação egípcia e síria pela construção de bases militares de Israel na Península do Sinai, a qual havia sido tomada do Egito durante a guerra anterior.
  • A Primeira Intifada (1987-1993) e a Segunda Intifada (2000-2004). Ambas foram reações do povo palestino contra a ocupação de seu território pelos israelenses e também devido à violência militar israelense, realizadas de modo espontâneo com apenas paus e pedras. Foi a partir da primeira Intifada que o Hamas foi criado, uma organização política palestina que realiza atos terroristas contra a existência de Israel e que está atualmente no poder palestino. Após ambas intifadas, foi realizado o Acordo de Oslo, em que Israel não cumpriu sua parte do acordo para haver paz na região, ao impossibilitar a criação do Estado palestino.

Eventos recentes

  • Ataque do Hamas a Israel

O conflito ganhou ainda mais notoriedade após o ataque surpresa do Hamas, grupo extremista islâmico, em Israel em outubro de 2023. O ataque ocorreu em um momento de escalada de violência na região da Cisjordânia, que é reivindicada pelos palestinos e conta com a presença de israelenses. A motivação alegada pelas lideranças foi a tensão acerca da mesquita de Al-Aqsa, que fica junto ao Monte do Templo, em Jerusalém, em uma área da cidade considerada sagrada por muçulmanos, judeus e cristãos.

  • Resposta israelense

O ataque deixou mortos, e houve o sequestro de 251 pessoas. O primeiro-ministro israelense Benjamim Netanyahu prometeu aniquiliar o grupo, respondendo ao ataque com bombardeios, ofensivas terrestres extremamente violêntas e cortes de fornecimento de água, energia e alimentos. Essa situação gerou uma crise humanitária na região. Desse forma, desde o ataque de outubro, Israel tem mantido o que considera ser uma operação contra o terrorismo em Gaza, gerando milhões de refugiados e 40 mil mortos até agosto de 2024.

  • Guerra regional: tensões entre Israel e Hezbollah

Há um temor de uma escalada que gere uma guerra regional. No dia seguinte ao ataque do Hamas ao sul de Israel, os militantes do Hezbollah, do Líbano, disparam foguetes no outro extremo de Israel, ao norte, em demonstração de “solidariedade” à causa palestina. Israel deu uma resposta limitada, até que em setembro deste ano, o país explodiu milhares de equipamentos de comunicação do Hezbollah, causando a morte de dezenas de integrantes do grupo e ferindo milhares, incluindo civis. Desde então, Israel promoveu uma série de ataques que atingiram ápice na segunda-feira (30), quando os militares israelenses decidiram fazer uma operação terrestre no sul do Líbano.

Reações Internacionais e Implicações Humanitárias

A guerra entre Israel e Hamas tem deixado milhares de mortos civis em gaza. Ataques contra hospitais, escolas e outras áreas ocupadas por famílias que fogem da guerra, além da falta de comida e remédios no território têm gerado grande repercussão internacional, com muitos países, que outrora tinham relações amistosas com o governo israelense, entre eles Bélgica e Espanha, condenando essas violações, isolando cada vez mais Israel. Até mesmo os principais aliados dos israelenses: os Estados Unidos têm pedido por moderação de Israel em alguns casos, apesar de ainda defender a guerra em Gaza como uma operação justa para combater o terrorismo. A pressão contra Israel cresceu com a acusação da África do Sul perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ), que em maio determinou que Israel cessasse seu ataque contra o sul de Gaza. Entretanto, o tribunal não tem meios diretos para fazer suas decisões serem cumpridas, dessa forma, Israel rejeitou a decisão, afrontando diretamente o Direito Internacional.

O crime de genocídio se trata da intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso. Nesse sentido, o Estatuto de Roma, tratado assinado pela maior parte dos países do mundo, estabeleceu o Tribunal Penal Internacional, responsável por julgar e punir governantes acusados de crimes contra a humanidade, como o genocídio. Dessa forma, o procurador desse tribunal solicitou mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel e líderes do Hamas por ataques indiscriminados contra civis e o cerco de Israel a Gaza que impede o fornecimento de recursos essenciais como alimentos e remédios.

Contudo, essas violações não se restringem somente a Gaza. Em abril, o departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou que o exército israelense teria cometido violações aos direitos humanos na Cisjordânia ocupada. Isso se tornou uma questão problemática para o governo norte-americano, pois Leis Leahy proíbem os Estado Unidos de enviar ajuda militar a países que violam os direitos humanos e não punem os culpados.

Questões de vestibulares

(FUVEST 2022)

A crise atual no mundo – no Oriente Médio, em Israel e na Palestina – não diz respeito aos valores do Islã. Não diz respeito, de jeito algum, à mentalidade dos árabes, como querem alguns racistas. Diz respeito à lita antiga entre fanatismo e pragmatismo. Entre fanatismo e pluralismo. Entre fanatismo e tolerância. O 11 de setembro não tem a ver nem mesmo com a questão de se a América é boa ou má, se o capitalismo é ameaçador ou transparente, se a globalização deveria cessar ou não. Diz respeito, isto sim, à reivindicação típica dos fanáticos: se julgo algo mau, elimino-o, junto com seus vizinhos. (…) Minha própria infância em Jerusalém tornou-me um especialista em fanatismo comparado. Jerusalém da minha infância, lá pelos idos dos anos 1940, era cheia de profetas espontâneos, Redentores e Messias. Mesmo atualmente, cada um dos jerosolimitanos tem sua fórmula pessoal de salvação instantânea. Todos dizem que vieram a Jerusalém – e aqui cito uma frase famosa de uma velha canção – para construí-la e para serem construídos por ela. De fato, alguns deles e algumas delas, judeus, cristãos e muçulmanos, realmente vieram a Jerusalém não tanto para construí-la, para serem construídos por ela, mas antes para serem crucificados, ou para crucificar outros, ou ambas as coisas. Há um transtorno mental reconhecido, uma doença mental designada “síndrome de Jerusalém”: as pessoas vão para Jerusalém, inalam o maravilhoso ar transparente da montanha e, em seguida, repentinamente, inflamam-se e pões fogo numa mesquita, numa igreja ou sinagoga. Ou, de outra forma, tiram as roupas, sobem numa pedra e começam a profetizar. Ninguém escuta, Jamais.

Amós Oz. Contra o fanatismo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

a) Como a “síndrome de Jerusalém” pode ser relacionada à “reivindicação típica dos fanáticos”?

De acordo com o texto de apoio, a “reivindicação típica dos fanáticos” se revela a partir de uma intolerância premente: “se julgo algo mau, elimino-o, junto com seus vizinhos”. Essa visão, ainda segundo o autor, é a responsável por instaurar o preconceito que se tem em relação aos árabes mundo afora, uma vez que todo árabe é potencialmente visto como um fanático. Em relação à “síndrome de Jerusalém”, o autor explica que parece haver uma predisposição das pessoas que vão a Jerusalém para se sacrificarem ou sacrificarem os outros. Nesse sentido, a “síndrome” seria caracterizada pela ação de pessoas que, ainda que imbuídas das melhores intenções, passariam por uma transformação que as tornariam fanáticas, ou seja, ao pisar em Jerusalém com a intenção de construí-la e de se construírem a partir dela, seriam tomadas pela vontade de pôr fogo numa mesquita, igreja ou sinagoga, por exemplo. A associação entre essa ação e o fanatismo, então, fica clara: a síndrome descreve pessoas que, ao visitarem Jerusalém, deixam-se tomar pelo fanatismo, intolerante e intransigente.

b) As duas ocorrências da palavra “transparente” apresentam o mesmo sentido no texto? Justifique

Não, a palavra “transparente” apresenta significados diferentes em suas duas ocorrências no texto. Na primeira delas, em “se o capitalismo é ameaçador ou transparente”, nota-se que o termo foi usado em seu sentido figurado, significando “claro, justo, com regras bem definidas”. Já na segunda ocorrência, “inalam o maravilhoso ar transparente da montanha”, o termo foi empregado de maneira mais próxima ao seu sentido literal, significando “puro, sem poluição”.

(UNIVESP 2018/2)

A Guerra dos Seis Dias foi a guerra mais curta que existiu dentre os conflitos árabe-israelenses. Em junho de 1967, as Forças Armadas israelenses realizaram um fulminante ataque aos três países. Em seis dias, os exércitos da Síria, do Egito e da Jordânia foram derrotados, demonstrando a imensa superioridade da força militar israelense em relação à de seus vizinhos.

(https://brasilescola.uol.com.br/. Adaptado)

Com a vitória, o Estado de Israel incorporou a seu território Gaza, a Península do Sinai, as Colinas de Golã e a:

a) Cisjordânia. (com a vitória Israel conquistou a Península do Sinai (tomada do Egito), a Faixa de Gaza (tomada do Egito), a Cisjordânia (tomada da Jordânia), e as Colinas de Golã (tomada da Síria))

b) península Arábica.

c) saída para o canal de Suez.

d) bacia do rio Eufrates.

e) planície da Mesopotâmia.

(ENEM 2007)

Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. A recusa árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito entre Israel e países árabes. A segunda guerra (Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia de nacionalizar o canal, ato que atingia interesses anglofranceses e israelenses. Vitorioso, Israel passou a controlar a Península do Sinai. O terceiro conflito árabe-israelense (1967) ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a rapidez da vitória de Israel. Em 6 de outubro de 1973, quando os judeus comemoravam o Yom Kippur (Dia do Perdão), forças egípcias e sírias atacaram de surpresa Israel, que revidou de forma arrasadora. A intervenção americano-soviética impôs o cessar-fogo, concluído em 22 de outubro.A partir do texto acima, assinale a opção correta.

a) A primeira guerra árabe-israelense foi determinada pela ação bélica de tradicionais potências européias no Oriente Médio.

Incorreta. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. A recusa árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito entre Israel e países árabes.

b) Na segunda metade dos anos 1960, quando explodiu a terceira guerra árabe-israelense, Israel obteve rápida vitória.

Correta. O terceiro conflito árabe-israelense (1967) ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a rapidez da vitória de Israel.

c) A guerra do Yom Kippur ocorreu no momento em que, a partir de decisão da ONU, foi oficialmente instalado o Estado de Israel.

Incorreta. Em 6 de outubro de 1973, quando os judeus comemoravam o Yom Kippur (Dia do Perdão), forças egípcias e sírias atacaram de surpresa Israel, que revidou de forma arrasadora.

d) A ação dos governos de Washington e de Moscou foi decisiva para o cessar-fogo que pôs fim ao primeiro conflito árabe-israelense.

Incorreta. A intervenção americano-soviética impôs o cessar-fogo à guerra do Yom Kippur.

e) Apesar das sucessivas vitórias militares, Israel mantém suas dimensões territoriais tal como estabelecido pela resolução de 1947 aprovada pela ONU.

Incorreta. Israel não manteve suas dimensões territoriais conforme estabelecido pela Resolução de 1947, aprovada pela ONU.

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Fundado por alunos de Relações Internacionais da USP, somos um grupo de extensão que tem como missão promover a pesquisa e a extensão universitária na área de Relações Internacionais.