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Mudanças Climáticas 🌍 Primeira edição da Newsletter Globalidades

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O tema dessa edição será mudanças climáticas, super importante e sempre está nas provas.

Notícias do mês de maio

Eleições na Índia 🗳️

Durante abril e maio acontecem as eleições na Índia, que duram cerca de um mês e são as maiores do mundo. Além de seu tamanho, a  importância desse evento está no fato do país ter sua economia em crescimento, sendo uma força na economia global, e, também, a sua aliança  com os Estados Unidos. Por fim, apesar de  tudo a Índia encontra desafios nessa expansão: a desigualdade social, a polarização política principalmente por motivos religiosos e a grande população indiana fora do país.

Conflito Israel e Palestina 💣

No dia 20 de maio, a procuradoria do Tribunal Penal Internacional pediu a prisão do primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e dos três principais líderes do Hamas. Segundo o procurador, é perceptível que os dois lados cometeram crimes de guerra e contra a humanidade, por isso estão sujeitos ao Estatuto de Roma. Antes da condenação, é preciso que os juízes avaliem e julguem o caso, para decidir se emitirão ordem de prisão. Tanto o governo de Israel quanto o Hamas criticaram o pedido e repudiaram serem comparados um com o outro.

Israel atacou a província de Rafah, atingindo campos de refugiados e deixando ao menos 29 mortos palestinos no dia 28, segundo autoridades palestinas.

Trump condenado 🚨

Em decisão histórica anunciada no dia 30 de maio, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, foi condenado por fraude contábil ao ocultar um pagamento de US$ 130 mil para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels na eleição de 2016, quando derrotou Hillary Clinton, do Partido Democrata. Entretanto, a pena ainda não foi decidida, sendo que na pior das hipóteses, Trump pode pegar 4 anos de prisão, um cenário improvável. As situações previstas são a instituição de uma multa e de um período de liberdade condicional para o ex-presidente. De qualquer maneira, Trump ainda pode disputar a eleição presidencial deste ano.

Morte do Presidente do Irã 🪦

O presidente do Irã, Ibrahim Raisi, morre após o helicóptero em que estava cair. O mandato dele iria acabar em 2025, mas devido a isso nos próximos meses haverão eleições no Irã.

Ao contrário de outros países, o presidente no Irã é a segunda figura política e diplomática mais importante, sendo a primeira o líder supremo, o Aiatolá, que comanda o regime teocrático do país. Na prática, isso significa que o país segue um regime com base na religião islã xiita, e todas as instituições (executivo, legislativo, judiciário) são monitoradas e seguem as decisões do clero do país. O líder supremo, anteriormente citado, é a figura mais alta na hierarquia religiosa seguida.

Futebol

Esse mês foi sorteado quem irá sediar a Copa de Futebol Feminino em 2027. O país escolhido foi…. o Brasil!

Mudanças Climáticas, Acordos Internacionais pelo Meio Ambiente e a Próxima COP 30

Desde a primeira Conferência das Partes (COP) em 1995 até hoje, muitos avanços foram conquistados nas negociações climáticas internacionais. Estes eventos têm introduzido novos elementos essenciais na arquitetura global para enfrentar desafios concretos, como o financiamento da mitigação, da transferência tecnológica e adaptação às mudanças climáticas, sempre buscando limitar a subida da temperatura global abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais. A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992 (ECO-92), foi um marco inicial significativo, culminando na criação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). Esta convenção foi inicialmente assinada por 166 países e finalmente entrou em vigor em 1994, sendo ratificada por 197 países.

O Protocolo de Quioto, implementado como parte da UNFCCC, significou o primeiro compromisso global para frear as emissões responsáveis pelo aquecimento global. Assinado em 1998, o Protocolo só entrou em vigor em 2005, estabelecendo as bases para futuros acordos internacionais sobre mudanças climáticas.

Desde 1995, muitos marcos importantes foram alcançados nas COPs. Alguns dos mais destacados incluem:

O Acordo de Paris, aprovado em 2015, introduziu importantes elementos no combate às mudanças climáticas. Estabeleceu o objetivo de limitar o aumento da temperatura global abaixo de 2ºC (preferencialmente a 1,5ºC) em relação aos níveis pré-industriais. Todos os países signatários são obrigados a apresentar Contribuições Climáticas Nacionais a serem atualizadas periodicamente, aumentando sua ambição climática gradualmente. Este acordo também inclui disposições sobre o intercâmbio de reduções de emissões entre países e definiu um roteiro financeiro, exigindo que países desenvolvidos liderem as contribuições financeiras climáticas, com o objetivo de atingir 100 bilhões de dólares anuais em financiamento para 2020.

Os países foram motivados a assinar o Acordo de Paris por várias razões interligadas, destacando-se principalmente a urgência crescente do desafio das mudanças climáticas e a necessidade de uma resposta global coordenada. Entretanto, o cumprimento dos compromissos do Acordo de Paris tem sido misto. Enquanto alguns países têm feito progressos significativos na implementação de suas Contribuições Determinadas Nacionalmente (NDCs) e têm avançado em direção à neutralidade de carbono, outros têm enfrentado desafios políticos, econômicos e técnicos que retardam sua ação climática:

Além disso, a pandemia de COVID-19 desviou recursos e atenção de muitas iniciativas de mudança climática, mas também ofereceu uma oportunidade para os países repensarem e reconstruírem suas economias de forma mais sustentável. Em suma, enquanto o Acordo de Paris estabeleceu um quadro para ação climática global, seu sucesso eventual dependerá da vontade política contínua, investimento em tecnologias sustentáveis e colaboração internacional reforçada. A próxima COP será crucial para avaliar o progresso e ampliar os compromissos globais contra as mudanças climáticas.

À medida que nos aproximamos da COP 30, o futuro das negociações climáticas se apresenta desafiador, mas promissor. Os líderes mundiais estarão mais uma vez reunidos para avaliar os avanços realizados até aqui e definir direções estratégicas para os próximos anos. O foco será na implementação efetiva dos acordos e na mobilização de financiamentos para assegurar que as promessas feitas se tornem realidade. As discussões também deverão aprofundar temas como a transferência de tecnologia e a adaptação às mudanças climáticas.

Em resumo, os acordos internacionais em torno das mudanças climáticas têm evoluído significativamente nas últimas duas décadas. Apesar dos avanços, o trabalho está longe de ser concluído. A comunidade global deverá continuar a se reunir, negociar e implementar ações climáticas concretas para garantir um planeta sustentável para as futuras gerações. A COP 30 representa uma nova oportunidade para reafirmar compromissos e redobrar esforços na luta global contra as mudanças climáticas.

Questões de vestibulares resolvidas

(FUVEST 2024)

O gráfico apresentado mostra as concentrações atmosféricas dos principais gases de efeito estufa até o ano 2000, sendo eles: CO2, quantificado em partes por milhão (ppm), N2O e CH4, ambos quantificados em partes por bilhão (ppb). Em junho de 2022, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) reportou que, naquela data, os níveis de CO2 na atmosfera encontravam-se em torno de 420 ppm. Esse valor é muito superior à concentração média de aproximadamente 280 ppm, existente antes da Revolução Industrial. Com base nessas informações e em seus conhecimentos, é correto afirmar:

(a) Apesar do grande aumento nas quantidades dos três principais gases de efeito estufa a partir da Revolução Industrial, seus níveis passaram a estabilizar por volta do ano 2000. Incorreta – Os ní­veis de gases de efeito estufa nunca se estabilizaram e permanecem aumentando.

(b) A mecanização resultante da Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, causou grandes mudanças nos meios de produção, com a utilização de energias renováveis. Incorreta – A partir da Revolução Industrial, as energias não renováveis passaram a ser utilizadas em massa.

(c) O plantio de árvores em grande escala acentua o aquecimento global, devido à liberação de gases do efeito estufa na atmosfera. Incorreta – O plantio de árvores contribui para a amenização do aquecimento global, funcionando como sumidouros de carbono.

(d) O aquecimento global é um fenômeno recente, já que a Terra teve um clima com temperaturas constantes durante sua existência. Incorreta – O aquecimento global tem seu início com a Revolução Industrial e a Terra tem um histórico climático inconstante, com eras glaciais e aquecimentos extremos.

(e) O efeito estufa é um fenômeno intensificado a partir da Revolução Industrial, devido às atividades humanas emissoras de CO2, que contribuem para o aquecimento global. Correta.

(ENEM – 2018)

O Decreto Federal n. 7.390/2010, que regulamenta a Lei da Polí­tica Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) no Brasil, projeta que as emissões nacionais de gases de efeito estufa (GEE) em 2020 serão de 3,236 milhões. Esse mesmo decreto define o compromisso nacional voluntário do Brasil em reduzir as emissões de GEE projetadas para 2020 entre 38,6% e 38,9%.

BRASIL. Decreto n. 7.390, de 9 de dezembro de 2010. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 2 jun. 2014 (adaptado).

O cumprimento da meta mencionada está condicionada por

(a) abdicar das usinas nucleares. Incorreta – A energia nuclear não gera gases de efeito estufa, não apresentando relação direta com o aquecimento global.

(b) explorar reservas do pré-sal. Incorreta – Explorar jazidas de petróleo vai na contramão da meta de redução de gases de efeito estufa.

(c) utilizar gás de xisto betuminoso. Incorreta – Gás de xisto betuminoso é um combustível fóssil, contribuindo para o agravamento do efeito estufa.

(d) investir em energias sustentáveis. Correta

(e) encarecer a produção de automóveis. Incorreta – Por mais que a redução de automóveis circulantes pelo seu encarecimento implique em um menor uso de combustí­veis fósseis, tal medida não trata do aquecimento global em suas causas fundamentais.

 

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  • Sou estudante de graduação em Relações Internacionais na Universidade de São Paulo (USP). Sou apaixonada por estudar e produzir de conteúdo sobre política internacional. Tenho um interesse particular em temas relacionados à Ásia, com foco especial na China e Oriente Médio.

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