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Trumponomics 2.0: O que esperar?

Trumponomics 2.0: O que esperar?

Por Lucas Philippini e Matheus Veríssimo

É a economia, estúpido

A expressão, cunhada por James Carville, estrategista da campanha presidencial de Bill Clinton em 1992, foi articulada para sintetizar uma das pautas que mais sensibilizavam o eleitor americano prestes a ir às urnas naquele ano. Era o início da década de 90 e os Estados Unidos atravessavam uma amarga recessão, com desemprego e impostos em alta.

O então presidente, George H. W. Bush, que ainda lograva com dividendos políticos da sua condução exitosa da Guerra do Golfo, acabaria por ser duramente penalizado pelo escrutínio popular em virtude do estado da economia, entrando para a pequena lista de incumbentes na história norte-americana que não foram capazes de se reeleger.

Como a sua campanha, que se consolidou vitoriosa ao levar Clinton à Casa Branca, a frase de Carville se mostrou igualmente bem-sucedida não apenas em capturar o espírito do seu tempo mas, também, em sobreviver ao teste da história – acabando por se tornar um clichê que, desde então, vem sendo repetido à exaustão por analistas políticos devotados a sublinhar o papel de destaque que a pauta econômica ocupa governo após governo e eleição após eleição.

As eleições presidenciais americanas de 2024 não seriam exceção.

Um estudo conduzido pelo instituto de pesquisa Gallup mostrava que, a pouco menos de dois meses do dia da eleição, a economia liderava como o tema que os eleitores norte-americanos afirmavam exercer maior influência quando ponderavam sua escolha para presidente. 52% dos entrevistados consideravam-na “extremamente importante” e outros 38% diziam que era um tópico “muito importante” para decidir seu candidato. Era o patamar mais alto desde o ciclo eleitoral de 2008, ano em que os EUA mergulhavam de cabeça na chamada Grande Recessão.

Por muitas métricas tradicionais, o desempenho da economia americana se mostrava notadamente sólido, despontando na dianteira das economias desenvolvidas. Durante a administração Biden, o PIB real – principal indicador macroeconômico – cresceu, em média, 2,2% ao ano; o nível de desemprego caiu de 6,7% para 4,1%; os gastos públicos e privados com investimento aumentaram substancialmente e as bolsas de valores de Nova York atingiram recorde atrás de recorde.

No entanto, os indicadores positivos comemorados pelo governo esbarravam em uma percepção majoritariamente negativa acerca do quadro econômico pelos norte-americanos, que não enxergavam a reflexão desses dados em uma melhora das condições materiais do dia a dia.

O contraste era atenuado pelo cenário altamente polarizado e pela inflação mais alta registrada em quatro décadas, que somou 20% no último quadriênio. O encarecimento do custo de vida, sentido das compras de supermercado ao aluguel ou à hipoteca, minou a popularidade do governo Biden; um ônus que foi transferido e recaiu sobre a sua candidata à sucessão, Kamala Harris.

Apesar de não se poder cometer o erro de reduzir a vitória de Donald Trump a apenas uma variável – a economia -, é difícil dizer que ela não teve sua fatia de responsabilidade na recondução do republicano ao Salão Oval. Fazendo livre uso do mantra, sim, “(também) foi a economia, estúpido”.

De volta ao passado

É natural se esperar, portanto, que a economia assumirá uma posição de destaque dentre as prioridades políticas do governo americano que assume em janeiro do ano que vem. E se quisermos antever o que pode guiar a pauta econômica do segundo mandato de Trump – que muitos têm apelidado de “Trumponomics 2.0” -, precisamos voltar ao passado.

O primeiro mandato de Donald Trump (2017-2021) se deu na contramão do consenso econômico neoliberal prevalente em Washington desde o governo Reagan, e que vinha sendo levado a cabo tanto por administrações democratas quanto republicanas.

Nas campanhas que disputou, Trump mobilizou as desafetações de uma parcela da sociedade norte-americana com os efeitos colaterais das diretrizes que nortearam as políticas fiscais e comerciais dos Estados Unidos nas últimas décadas. Foi eleito e chegou à presidência em uma plataforma que atacava o declínio do setor industrial norte-americano e a perda de empregos com a realocação de fábricas para o exterior, o déficit na balança comercial com inúmeros países e a carga tributária doméstica, por exemplo.

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Em campanha, Trump cumprimenta trabalhadores da indústria automotiva. Parte de sua plataforma gira em torno da proteção da manufatura norte-americana. Doug Mills (NYTimes)

Conforme afirma o economista Adam S. Posen em seu recente artigo “The True Dangers of Trump’s Economic Plans” para a revista Foreign Affairs, a visão de mundo do magnata é “baseada em Hobbes, não em Hayek”. Trump enxerga, analogamente ao teórico contratualista que preconizava o estado de natureza humano marcado pela competitividade, o mundo como um grande jogo de soma-zero em que os Estados Unidos seriam constantemente lesados, no plano internacional, tanto por adversários quanto por aliados – e, internamente, pela própria elite.

Por isso, uma vez na Casa Branca, o republicano jogou boa parte do receituário do liberalismo pela janela e abraçou um modelo heterodoxo de nacionalismo econômico muito particular, resumido na sua proposta de “America First”.

O período de 2017 a 2021 foi marcado, internamente, por uma radical simplificação e corte de tributos. Paralelamente, na esteira dos bons indicadores herdados do governo Obama, observou-se uma queda no índice de desemprego – que atingiu o menor patamar em meio século – e um crescimento anual do PIB salutar em torno de 2,3%.

Por outro lado, é lembrado internacionalmente por reviver o protecionismo, escanteado desde os anos 1930. Reformulou o NAFTA, o acordo de livre comércio que chamava de “o pior da história” por ter favorecido a migração de empresas estadunidenses para o México, e saiu do pacto de livre-comércio com países do Oceano Pacífico, a chamada Parceria Transpacífica.

Impôs tarifas sobre a importação de painéis solares, máquinas de lavar, alumínio e aço. E, talvez de forma mais memorável, os Estados Unidos elevaram, de 10 a 15%, tarifas sobre uma variada gama bens chineses, sob as bases de que o gigante asiático, com quem os EUA tem um gigantesco déficit na balança comercial, estaria se engajando em práticas injustas de comércio e roubo de propriedade intelectual. A retaliação de Pequim colocou os dois rivais geopolíticos em estado de guerra comercial e acirrou a competição entre as duas potências.

Tarifas: China e México na mira

Trump elegeu “tarifa” como a “palavra mais bonita no dicionário”. A afeição do presidente-eleito a ela e a presença constante do vocábulo no seu discurso não é nem nova, nem à toa.

As tarifas operam como um imposto sobre bens importados de outros países, sendo responsáveis por elevar seus preços domesticamente. Ao induzir uma redução no consumo de bens estrangeiros por cidadãos norte-americanos, a tarifação atende ao cerne da estratégia econômica protecionista e nacionalista do programa de Trump. Como assim?

A racional por trás dela é diminuir os déficits comerciais que os Estados Unidos possuem com o exterior. Como o maior mercado consumidor global em termos de poder de compra, os EUA são um gigantesco importador de toda a sorte de produtos e serviços; comprando, assim, muito mais do que conseguem exportar. Isso tem produzido, nos últimos anos, recordes de perdas na balança comercial, com um trilhão de dólares de déficit acumulados apenas em 2023 – números que o republicano propõe reduzir cortando na carne a demanda por importados.

Com isso, bens norte-americanos conseguem, em tese, tornar-se mais competitivos no mercado doméstico, ocupando o espaço anteriormente tomado por bens estrangeiros; fator que revitalizaria a manufatura nacional, protegeria empregos e estimularia novas contratações pela indústria.

Esse ponto dialoga diretamente com a base política do ex-presidente. Assim como em 2016, quando foi eleito pela primeira vez, Trump venceu em 2024 entre trabalhadores de colarinho azul em estados como Michigan, Ohio e Pensilvânia, que sofrem com desemprego e demais efeitos da desindustrialização. Trump promete reverter essa tendência blindando a indústria doméstica da competição com o exterior e atraindo de volta empresas que se alocaram para o além-mar.

Por sua vez, as tarifas também constituem um ativo à serviço da política externa dos EUA. A exemplo do primeiro mandato, a tarifação pode voltar a ser empregada para pressionar e penalizar parceiros e inimigos, corrigir distorções comerciais, extrair concessões e renegociar acordos.

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Como parte da política protecionista de imposição de tarifas de Trump, México e China devem ser os mais afetados. Nicolas Asfouri (AP)

Donald Trump já sinalizou a intenção de impor de uma alíquota de 10-20% sobre todo e qualquer produto importado pelos Estados Unidos. Aqueles eleitos como bodes expiatórios pelo Tio Sam poderiam se dar ainda pior: bens chineses, por sua vez, enfrentariam uma tarifa de até 60%, e carros produzidos no México, uma excessivamente maior, que pode chegar a 500%.

Corte de impostos, aumento de subsídios

A expectativa de Trump é que seu “tarifaço” sem precedentes na história recente dos EUA possa contribuir gerando uma receita anual ao Estado norte-americano estimada em 270 bilhões de dólares, o que, argumenta, abriria margem no orçamento para a realização de um ajuste fiscal.

Sob a asserção de que estimularia o crescimento econômico, criaria empregos e aumentaria a competitividade das empresas estadunidenses, o presidente-eleito espera encenar um corte generalizado de vários tipos de impostos federais a partir do ano que vem.

Entre suas propostas, está a redução da corporate tax, algo como um imposto sobre rendimentos de sociedades, para 15%. Esse benefício para empresas indica outra continuidade da política de seu primeiro mandato, quando já havia baixado a alíquota corporativa de 35% para os atuais 21%.

Outra pauta do período de campanha foi a isenção tributária sobre gorjetas e horas extras. O republicano ainda acenou para uma isenção sobre benefícios sociais e flertou com o fim do imposto de renda – que consiste, sozinho, em metade da arrecadação do governo americano.

Paralelamente, espera-se que a segunda administração Trump repita a concessão de subsídios vista na primeira, gastando mais para apoiar a agricultura e o setor de energia.

Deportação e desregulação

Se “tarifa” é a palavra favorita do presidente-eleito, não seria exagero dizer que migração seria o seu tema favorito – e talvez o mais controverso.

Conhecido por defender a construção de um muro na fronteira com o México e por ter instituído restrições à entrada de nacionais estrangeiros nos Estados Unidos quando governou o país pela primeira vez, Trump dobrou a aposta na sua política de migração, passando a defender a deportação em massa de imigrantes irregulares em solo americano – um número que o Departamento de Segurança Interna estima em 11 milhões de pessoas.

A proposta encontra eco na retórica do magnata de que empregos de americanos estariam sendo tomados por imigrantes ilegais, e que o movimento beneficiaria os naturais e imigrantes legais.

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Trump caminha em frente ao muro na fronteira com o México. O presidente eleito promete endurecer as regras de migração a partir de 2025. (AFP/Getty Images)

Para além da potencial questão humanitária grave, a economia também não passaria incólume. Muitos setores, como a agricultura e construção civil, teriam enorme dificuldade para encontrar substitutos aos imigrantes dispostos a trabalhar em empregos que pagam abaixo da média salarial. Caso a deportação seja posta em prática, o impacto calculado seria de um encarecimento desses serviços e uma tendência inflacionária. Por sua vez, o economista Adam S. Posen lembra que imigrantes, legais ou ilegais, também são consumidores e também pagam impostos, com sua falta sentida na arrecadação do governo e no PIB norte-americano, que pode cair até 3%.

Também é esperado que o próximo governo estadunidense invista em uma desregulação agressiva das atividades econômicas, baseando-se, de quebra, em um argumento liberal de melhora da produtividade e do desempenho da economia como um todo.

A desregulação pode afetar o setor de inteligência artificial, criptomoedas e empresas. Por fim, regulações ambientais também correm o risco de serem revogadas, o que favoreceria a exploração de petróleo e gás natural e o uso de combustíveis fósseis de modo mais amplo.

O que pode dar errado?

Primeiro, os benefícios trazidos pelo possível “tarifaço” de Trump estão longe de serem consensuais entre economistas – muito pelo contrário.

Na contramão da sua afirmação de que elas “não seriam um custo [aos norte-americanos], mas um custo para outro país”, o efeito mais imediato das tarifas que o futuro presidente planeja adotar seria um repasse quase integral do aumento dos preços de bens importados justamente a esses consumidores, quando não a escassez desses produtos no mercado doméstico americano.

A expectativa de que firmas nacionais ocupariam esse vácuo e supririam a demanda depende da capacidade delas de produzir e vender a preços competitivos, menores que os dos bens tarifados.

Mas a imposição de tarifas pode, concomitantemente, aumentar o preço de insumos que essas mesmas indústrias importam do exterior, elevando seus custos de produção; o que também se traduziria, no final, em preços mais elevados sentidos pelos consumidores.

De qualquer modo, o resultado seria inflação (um aumento generalizado do preço de bens e serviços), que afetaria desproporcionalmente a classe média e os mais pobres, que gastam percentualmente mais da sua renda com consumo. Um levantamento conservador do Peterson Institute concluiu que, em média, uma família norte-americana chegaria a depreender US$2.600 a mais por ano em decorrência dos danos colaterais da tarifação de Trump.

Por sua vez, o custo mais elevado de operação para empresas incentivaria cortes de despesas, inclusive com mão-de-obra; o que poderia significar a demissão de até 684.000 trabalhadores, de acordo com a Tax Foundation.

Além disso, uma política indiscriminada de tarifações pelos Estados Unidos alienaria aliados comerciais e políticos, da Europa ao Leste Asiático, e convidaria retaliações na mesma moeda, principalmente da China, criando um ambiente global mais instável e imprevisível.

A política fiscal expansionista da nova administração – isto é, o corte de impostos acompanhado de um aumento dos gastos do governo – também é motivo de preocupação entre alguns economistas.

De fato, colocaria mais dinheiro no bolso do americano médio, mas, ao contrário do que afirma a equipe econômica de Trump, a receita advinda das tarifas seria insuficiente para cobrir a arrecadação atual com tributação que se perderia. Ou seja, Washington teria que emprestar ainda mais dinheiro para financiar seus gastos, o que somaria à já hercúlea dívida pública norte-americana pelo menos mais 3,5 trilhões de dólares só na próxima década.

O risco de inflação instigaria o FED – que atua como o banco central dos EUA – a aumentar a taxa de juros, o que fortaleceria a moeda nacional, o dólar.

E como isso afeta o Brasil?

A posição ímpar que os Estados Unidos ocupam na economia internacional significa que as decisões efetivadas pelo governo que assume em janeiro de 2025 produzirão consequências irrevogáveis para os quatro cantos do planeta.

China, México e demais países com os quais os Estados Unidos possuem déficits na balança comercial serão os mais afetados, afirma a The Economist. Mas o Brasil também tem a perder.

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Trump, em seu primeiro mandato, posa com o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. A expectativa é que o Brasil será afetado pelas decisões econômicas de seu segundo governo. Vanessa Carvalho (Folhapress)

Como visto, a tendência é que o FED eleve taxa de juros e que o dólar se fortaleça nos próximos quatro anos. Para o Brasil, isso significaria a fuga de investimentos e capital para o mercado americano e, principalmente, um encarecimento das nossas importações, o que pressiona a inflação no país. Para fazer frente a isso, é esperado que o Banco Central torne a puxar a Selic – a taxa de juros básica – para cima.

Por sua vez, enquanto as exportações poderiam ser favorecidas com uma depreciação do real ante ao dólar, a imposição indiscriminada de tarifas pelo governo Trump dificultaria a entrada de bens brasileiros nos EUA (que são o nosso segundo maior comprador).

Esse efeito seria sentido também indiretamente, pela intensificação da guerra comercial dos EUA com a China. Se Pequim não ajustar sua oferta de produtos mediante a redução das suas exportações para os EUA, o mercado internacional se veria inundado de bens chineses mais baratos, que competiriam diretamente com bens brasileiros, principalmente primários.

Referências

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https://www.npr.org/2024/11/07/nx-s1-5180026/federal-reserve-inflation-interest-rates-trump
https://www.thomsonreuters.com/en-us/posts/government/trump-economic-regulatory-implications
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https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/11/04/kamala-ou-trump-como-afetam-a-economia-brasileira-e-quais-os-impactos-no-dolar-bolsa-e-juros.ghtml

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Fundado por alunos de Relações Internacionais da USP, somos um grupo de extensão que tem como missão promover a pesquisa e a extensão universitária na área de Relações Internacionais.